Conheça dicas de prevenção para evitar estes parasitas e métodos para eliminá-los, além de doenças, mitos e verdades sobre os piolhos
Todos nós nos lembramos de já termos recebido em nossas casas alguma notificação da escola de nossos filhos (ou até de nós mesmos quando éramos crianças) avisando sobre um surto de piolhos. É uma situação extremamente chata e que causa angústia nos pais e também muito incômodo nas crianças.
O que muitas pessoas não sabem é que este não é um problema que afeta somente crianças, e, no caso de piolhos de cabeça, nada tem a ver com práticas de higiene pessoal ou condição socioeconômica, pois os piolhos podem ser encontrados em todas partes do mundo e podem afetar todas as classes sociais.
O que afinal são piolhos?
Piolhos são insetos parasitas que se alimentam de sangue. Eles são animais extremamente resistentes, e que se reproduzem muito rapidamente.
É necessário que apenas um piolho esteja em sua cabeça para que ele comece a se reproduzir e forme uma colônia, depositando ovos (as famosas lêndeas) na raiz do couro cabeludo.
Cada piolho pode depositar de 5 a 10 lêndeas por dia, que eclodem dentro de 7 dias, dando origem às ninfas (piolhos jovens). Estas prendem suas microscópicas mandíbulas na raiz do cabelo para se alimentarem do nosso sangue.
Dentro de um período de 15 a 20 dias, a ninfa se torna um piolho adulto, pronta para colocar suas próprias lêndeas.
Vejam na imagem abaixo como ocorre o ciclo de reprodução dos piolhos:
É por isso que a infestação não demora mais do que 2 semanas para acontecer e ser percebida, porém neste ponto já estão em grande número de indivíduos, daí a dificuldade da prevenção (mas, calma, ainda assim temos algumas dicas que podem te ajudar).
Piolhos além do couro cabeludo!
Além dos piolhos que usam o couro cabelo e cabelos como hábitat (problema conhecido como pediculose) existem outros dois tipos de piolhos: os de corpo e os de pêlos púbicos (chamados chatos).
Apesar de terem seus ciclos de vida similares, existem algumas diferenças entre as espécies de piolhos, tais como formas de contaminação, locais de permanência, e sua anatomia. Veja a imagem abaixo dos três tipo de piolho:
Diferenças e semelhanças entre os tipos de piolho
| Tipo | Localização | Possíveis causas |
| de cabeça | – cabelo e couro cabeludo | – contato físico com pessoas ou objetos contaminados;
– pode ocorrer em qualquer situação de higiene e classe social. |
| de corpo | – vestuário e nas roupas de cama que estão em contato com a pele | – contato físico com pessoas ou objetos contaminados;
– geralmente infestam pessoas com má higiene, que vivem em locais apertados e aglomerados, e de baixo status socioeconômico; – podem transmitir doenças sérias. |
| de pêlos púbicos (“chatos”) | – pelos da região genital e anal
– também podem infestar pêlos do peito, coxa e região facial (cílios, barba e bigode) | – transmitidos entre adolescentes e adultos através do contato sexual; – podem ser transmitidos às crianças através do contato próximo com os pais;– por objetos contaminados, como toalhas, vestuário e roupas de cama. |
Perigos do piolho: transmissão de doenças
O maior problema com os piolhos não é a coceira que sentimos na infestação, mas os riscos que eles podem trazer à nossa saúde, devido à transmissão de doenças.
Os piolhos de corpo, por exemplo, podem transmitir graves infecções, tais como tifo, febre das trincheiras e febre recorrente, todas causadas por bactérias existentes nos piolhos. Essas enfermidades podem levar a óbito se não forem diagnosticadas e tratadas adequadamente.
Além disso, por serem parasitas que se alimentam de sangue, os piolhos podem causar anemia, problema que pode ser mais delicado em crianças e idosos.
Prevenção e combate aos piolhos
Apesar de serem pragas extremamente resistentes, há algumas medidas que podemos tomar para lidar com este parasitas terríveis. Veja a seguir algumas delas:
- No caso de piolhos de cabelo, fique atento à coceiras no couro cabelo e examine cuidadosamente o cabelo, do sentido da raiz até as pontas.
Os piolhos são muito difíceis de serem vistos a olho nu (pois não são maiores do que uma semente de gergelim), mas as lêndeas podem ser identificadas junto ao couro cabeludo.
- Aplique produtos recomendados por um médico, tais como shampoos e cremes específicos.
É importante permanecer por pelo menos de 8 a 12 horas com o produto no cabelo, pois os piolhos conseguem ficar até 8 horas sem respirar! Assim, os produtos que causam asfixia só serão eficazes se forem mantidos o tempo suficiente para surtirem efeito. Além disso, sempre siga as recomendações de uso dadas por um profissional.
- Repita o processo depois de 10 a 15 dias!
Isso ajudará a eliminar as lêndeas que ainda não haviam eclodido na primeira aplicação.
- Remova fisicamente as lêndeas e piolhos com um pente fino.
Apesar de ser um método chato e cansativo, ele é comprovadamente eficiente. Repita diariamente o uso de um pente fino, até que não encontre mais os parasitas nem seus ovos em seus cabelos. No caso da aplicação de algum produto químico, espere cerca de 8 a 12 horas para passar o pente, até que o produto faça efeito. Assim você remove também os animais mortos.
- Descontamine roupas e objetos
Além da aplicação de produtos de uso pessoal, é muito importante que você também descontamine os objetos que tiverem sido utilizados pela pessoa infectada, pois os piolhos podem sobrevivem de 1 a 2 dias nestes objetos sem se alimentarem.
Faça o seguinte: mantenha as roupas, toalhas, chapéus, cachecóis, lençóis, cobertores e fronhas em sacos hermeticamente fechados por pelo menos 48 horas. Depois, lave as roupas contaminadas com água quente e seque a uma temperatura superior a 65ºC. Repita o procedimento após 7 a 10 dias.
Conheça alguns mitos e verdade sobre os piolhos
Piolhos gostam de permanecer em cabelos sujos? Se reproduzem mais facilmente no verão? É preciso afastar os filhos da escola quando estão com piolhos?
Confira as respostas a estas perguntas e outros mitos e verdades sobre os piolhos:
Sua saúde é nossa prioridade
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